A Prefeitura de Colatina está prestes a formalizar um acordo para ceder a gestão de um centro de ciências, com mais de 2 mil metros quadrados de área construída, ao governo do Estado do Espírito Santo. A proposta prevê a cessão por um período de dez anos e será votada pela Câmara de Vereadores na próxima segunda-feira (23).
O empreendimento, iniciado em 2022, já tem 75% das obras concluídas e acumula investimentos de R$ 11,8 milhões, provenientes de recursos municipais, estaduais e emendas parlamentares federais. A inauguração do espaço está prevista para a próxima sexta-feira (20).
O prefeito Guerino Balestrassi (MDB), que deixará o cargo no próximo dia 31, destacou que a proposta de cessão está fundamentada em uma parceria com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti). Segundo o mandatário, o objetivo é ampliar o alcance das atividades do Centro de Ciências para beneficiar outras regiões do Espírito Santo e até mesmo outros Estados.
“Criamos um equipamento importante para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia no Espírito Santo. Por isso, entendemos que o governo do Estado teria melhores condições de assumir a gestão desse espaço. O centro tem potencial para atender um raio de mais de 400 quilômetros, ampliando sua utilização e beneficiando várias cidades”, afirmou Guerino.
O prefeito também explicou que as negociações para a transferência da gestão começaram em 2022, mas a oficialização da parceria foi adiada devido ao período eleitoral. “Estávamos esperando ar as eleições para podermos definir e anunciar essa possibilidade de parceria”, acrescentou.
Justificativas para a cessão
Em resposta a críticas sobre a decisão, Guerino ressaltou que a transferência de gestão se baseia em interesses complementares entre a prefeitura e o governo estadual. “A Secti e a prefeitura têm interesses que convergem na promoção de políticas públicas que incentivam o conhecimento e o desenvolvimento científico e tecnológico, essenciais para transformar a região”, argumentou.
No entanto, o projeto enviado à Câmara de Vereadores também aponta um desafio estrutural: a prefeitura não conta com profissionais com formação e conhecimento científico necessários para garantir o funcionamento eficiente do centro.