Pais e professores criticam atendimento a alunos especiais em Colatina; Secretaria de Educação responde

Nas últimas semanas, pais e responsáveis por alunos da rede municipal de ensino de Colatina têm manifestado insatisfação com as mudanças no atendimento educacional especializado. Segundo relatos, professores capacitados foram retirados de salas de aula e substituídos por profissionais sem experiência na área, impactando diretamente a qualidade do ensino para alunos com necessidades especiais.

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Além disso, há preocupação com a possível retirada dos estagiários que atuam no e a professores que trabalham com esses alunos. Segundo uma professora que entrou em contato com a reportagem, sem esse apoio, o atendimento ficaria comprometido. “Que horas o aluno terá um acompanhamento mais direcionado, além do professor que também está dando aula para o restante da turma que não se enquadra no atendimento educacional especializado (AEE)?”, questiona.

Outro professor argumenta que a maioria dos docentes são designados temporariamente (DTs) e muitos não possuem experiência com o AEE, tornando a situação ainda mais difícil. “É humanamente impossível manter um serviço de qualidade assim, porque não houve um edital específico para a seleção de professores capacitados, e o número de alunos atendidos é muito grande”, afirma.

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Diante das críticas, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) defende as mudanças e explica que as decisões seguem a Política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Segundo a pasta, a formação continuada dos profissionais é garantida pelo Centro de Educação Multiprofissional (CEMP), e as escolas recebem monitoramento constante para qualificar o atendimento.

A Semed ressalta que o AEE deve ocorrer de forma complementar, sem a necessidade de um profissional de apoio escolar para todos os alunos com laudo médico. A análise para a concessão desse e é feita por uma equipe multiprofissional da Secretaria, conforme a legislação vigente. “Os estudantes devem ser motivados a buscar sua autonomia plena”, destaca a nota da pasta.

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Sobre a questão dos estagiários, a Secretaria esclarece que não há legislação que autorize sua permanência em salas com alunos do AEE. No entanto, para reforçar a assistência, está em andamento um processo seletivo para a contratação de novos cuidadores, que atuarão na rede municipal com carga horária de 40 horas semanais. Além disso, a pasta planeja um novo processo seletivo para professores especializados em AEE em 2026.

A reportagem questionou profissionais da rede sobre a diferença entre o atendimento municipal e estadual, já que, no ensino estadual, não há estagiários atuando no AEE e não há reclamações. Em resposta, um professor destacou que a principal diferença está na faixa etária dos alunos. “Quanto menor a criança, maior a atenção que ela precisa”, explicou.

O debate segue aberto entre pais, professores e a istração municipal. Enquanto isso, famílias e profissionais da educação aguardam soluções que possam atender de forma mais eficiente às demandas dos alunos com necessidades especiais.

ES FALA: imagem ilustrativa

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