Motorista espera o sinal abrir 12 vezes sem sair do lugar: trânsito no bairro Lacê vira caos em Colatina

O bairro Lacê, em Colatina, tem se tornado diariamente um sinônimo de tensão, raiva e angústia para motoristas, especialmente entre 6h30 e 8h da manhã. O cenário, descrito por moradores e condutores como um verdadeiro “pandemônio urbano”, mostra o desafio do poder público diante de um problema que se agrava dia após dia.

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Segundo relatos de quem enfrenta o trânsito no local, o congestionamento começa nas proximidades do Sest Senat e segue em um rastro de lentidão até a região central. Motoristas que vêm de São Silvano também encontram o mesmo destino: filas intermináveis, buzinas, desorganização e a ausência de agentes de trânsito.

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Motoristas reclamam da piora no fluxo do trânsito no bairro Lacê, em Colatina.

“É uma bagunça total. Aqui nesse pandemônio estamos sozinhos. Você não vê ninguém organizando essa desordem. O que a gente observa é que está piorando a cada dia”, desabafa uma motorista que estava presa no engarrafamento nas imediações da Ponte Florentino Avidos.

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O ponto crítico não é novidade. A região já era conhecida como um gargalo no trânsito de Colatina. No entanto, segundo os motoristas, a falta de atividade e a omissão do setor de trânsito da Prefeitura no local têm levado o problema a níveis jamais vivenciados. Nenhuma medida paliativa, como a presença de agentes para organizar o fluxo no horário de pico, tem sido notada.

Um motorista de ônibus coletivo relatou que chegou a esperar 12 ciclos de sinal verde sem conseguir avançar um único metro com o veículo. “É desumano. Estamos carregando trabalhadores, estudantes, gente que depende da pontualidade, mas parece que a cidade virou as costas para isso”, afirmou.

Chama atenção o fato de não haver explicações ou justificativas claras para o agravamento do problema. “Nada piora ou melhora sem uma causa. A gente sabe que o trânsito de Colatina tem seus problemas históricos, mas essa deve ter algum motivo. E a Prefeitura deveria, no mínimo, investigar e tentar amenizar”, aponta um professor que trabalha no bairro Lacê.

O sentimento comum entre os entrevistados nesse horário é de abandono e indignação com a inércia do poder público municipal, especialmente com o setor responsável pelo trânsito. Os moradores não pedem milagres: querem organização, presença de agentes e respeito com quem depende do trajeto para viver.

Em meio a todo esse cenário de desordem, há também motoristas que contribuem para o caos. Muitos não respeitam as regras básicas de trânsito, avançam sinais, bloqueiam cruzamentos e disputam centímetros de espaço como se estivessem sozinhos nas ruas. Diante da ausência do poder público, prevalece a lógica do “cada um por si”, em que o objetivo é apenas conseguir chegar ao destino, custe o que custar.

A reportagem mantém o espaço aberto para que a Prefeitura de Colatina, em especial o setor responsável pela organização do trânsito, possa se manifestar sobre os problemas relatados e apresentar eventuais medidas que estejam sendo planejadas ou já em andamento para amenizar a situação enfrentada diariamente por quem precisa circular pelo bairro Lacê.

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