O governo federal anunciou que pretende duplicar cerca de 60% da BR-259, rodovia que corta os municípios de João Neiva, Colatina e Baixo Guandu, até a divisa com Minas Gerais. O projeto de duplicação, segundo o Ministério dos Transportes, deve ser concluído até junho de 2025, com recursos oriundos do Acordo de Mariana, totalizando um investimento estimado em R$ 1 bilhão.
De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a duplicação abrangerá o trecho entre o km 0 e o km 63, que vai de João Neiva até o bairro Columbia, em Colatina. Do km 63 ao km 106, já no trecho entre Columbia e Baixo Guandu, será realizada a restauração da pista existente, com melhorias como acostamentos, terceiras faixas e vias laterais.
Com essa divisão, o projeto prevê a duplicação de 59,43% da rodovia, enquanto o restante ará por intervenções estruturais para maior fluidez e segurança do tráfego.
Ponte Fontenelle segue em estado crítico
Um dos pontos mais sensíveis da BR-259, o trecho do km 82, onde se localiza a Ponte Fontenelle, segue sendo motivo de preocupação para motoristas da região. A ponte foi interditada em março para manutenção, e, segundo o Dnit, ainda está em fase de análise técnica e diagnósticos que subsidiarão um plano emergencial de recuperação.
Enquanto isso, o tráfego no local segue parcialmente liberado, permitindo apenas a agem de ônibus escolares, veículos de emergência e veículos leves. A Ponte Fontenelle está localizada justamente no trecho da rodovia que não está incluído no plano de duplicação, segundo o projeto apresentado.
Aguardando projetos executivos
Apesar do anúncio, o Dnit informou que ainda não há um orçamento final definido, nem cronograma fechado para execução das obras, uma vez que os projetos de engenharia estão em fase de elaboração e precisam ser aprovados. A expectativa, no entanto, é que com o aporte financeiro garantido pelo Acordo de Mariana, a execução possa avançar de forma mais célere após a fase de planejamento técnico.
A duplicação da BR-259 é uma demanda antiga da população do Noroeste capixaba, que enfrenta diariamente os desafios de trafegar em uma rodovia movimentada, com trechos perigosos e pouca infraestrutura de apoio.