José Nilton da Silva é o primeiro doutor formado pelo programa de pós-graduação em Biodiversidade da PUC Minas; estudo foi publicado em revistas científicas internacionais
O biólogo e professor José Nilton da Silva, natural de Colatina, defendeu no último dia 6 de maio uma tese de doutorado inédita que já começa a ganhar reconhecimento nacional e internacional. O trabalho foi apresentado no programa de pós-graduação em Biodiversidade e Meio Ambiente da PUC Minas, e marcou a história da instituição ao torná-lo o primeiro doutor formado pelo curso.
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O biólogo e professor José Nilton da Silva, é natural de Colatina/Acervo
A tese, intitulada “Impactos de rodovias associados ao efeito de borda de rodovia em aves de floresta tropical”, investigou os impactos ambientais provocados por rodovias sobre a biodiversidade, com foco em aves que habitam áreas de floresta. O estudo foi realizado na BR-101, no trecho que intercepta a Reserva Biológica de Sooretama, um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica do Espírito Santo.
Dividida em três capítulos, a pesquisa trouxe contribuições relevantes para a ciência e para o planejamento de obras viárias sustentáveis. Dois capítulos foram publicados em revistas científicas internacionais de alto prestígio, classificadas com Qualis A pela CAPES — o maior nível de excelência acadêmica segundo a Plataforma Sucupira.
“O trabalho do professor José Nilton se tornou um referencial internacional para a construção de empreendimentos viários, além de representar uma grande contribuição para o conhecimento sobre os impactos das rodovias na biodiversidade capixaba”, destacou a coordenação do programa.
Além de doutor, José Nilton é especialista em aves e professor da rede estadual de ensino. Sua tese foi inscrita no Prêmio CAPES de Teses, que reconhece os melhores trabalhos de doutorado do país em diversas áreas do conhecimento.
O pesquisador já se prepara para uma nova etapa acadêmica. Em breve, iniciará seu pós-doutorado, aprofundando os estudos sobre os impactos de rodovias em ecossistemas brasileiros e ajudando a preencher lacunas importantes na ciência ambiental.