Leitora pergunta: Ozempic ou Mounjaro — qual controla melhor o peso?

Moradora do bairro Maria das Graças, Marilene Almeida quer saber qual das canetas emagrecedoras tem maior eficácia; endocrinologista explica diferenças

A leitora do Portal de Notícias ES FALA, Marilene Almeida, moradora do bairro Maria das Graças, em Colatina, procurou nossa redação com uma dúvida que tem sido cada vez mais comum entre pessoas que buscam o controle do peso: Ozempic ou Mounjaro — qual é mais eficaz?

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Ambos os medicamentos, originalmente desenvolvidos para o tratamento do diabetes tipo 2, vêm sendo amplamente utilizados para emagrecimento. A diferença entre eles está nos princípios ativos e no modo como atuam no organismo.

O Ozempic tem como princípio ativo a semaglutida, que age no hipotálamo, região do cérebro responsável pelo controle do apetite. Ela reduz o esvaziamento gástrico e prolonga a sensação de saciedade, o que ajuda o paciente a comer menos. Embora aprovado no Brasil para o controle do diabetes, seu uso para emagrecimento ainda é considerado off-label (fora da indicação na bula).

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Já o Mounjaro utiliza a tirzepatida, uma combinação de moléculas que atua simultaneamente no controle da glicemia e na redução de peso. Segundo especialistas, os resultados com a tirzepatida têm se mostrado superiores à semaglutida em estudos clínicos, especialmente quando há necessidade de uma perda de peso mais significativa.

A endocrinologista Lorena Lima Amato explica que o uso de ambos os medicamentos para emagrecimento se consolidou mesmo antes da aprovação oficial para essa finalidade. “A escolha entre essas medicações deve considerar a tolerância individual, os efeitos colaterais e a resposta do organismo. O Mounjaro pode ser uma alternativa quando há necessidade de maior perda de peso ou quando a semaglutida não é bem tolerada”, afirma.

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Receita retida: nova exigência da Anvisa

Em abril, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma medida que torna obrigatória a retenção da receita médica na venda de medicamentos como Ozempic e Mounjaro. A decisão foi tomada por unanimidade pela diretoria colegiada da agência, como forma de combater o uso indiscriminado e proteger a saúde pública diante do crescente interesse pelas chamadas “canetas emagrecedoras”.

Agora, além de apresentar a receita, o paciente deverá deixar o receituário retido na farmácia no momento da compra.

Avaliação final

Apesar de atuarem com objetivos semelhantes, Ozempic e Mounjaro não são iguais. Cada paciente deve ser avaliado de forma individualizada, levando em conta o histórico de saúde, os efeitos esperados, possíveis reações adversas e até mesmo a preferência pessoal. A orientação médica continua sendo indispensável.

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